Novo teste ajuda a avaliar se dor no peito é sinal de ataque cardíaco |
Ferramenta é mais precisa para identificar pacientes com alto risco. Acúmulo de placas nas artérias é grande causa de mortes no mundo. |
Um novo teste de previsão de risco cardíaco desenvolvido por pesquisadores
europeus é capaz de identificar se pacientes com dor no peito têm chances
reais de sofrer um infarto.
O estudo foi publicado na versão online do “British Medical Journal” e se
concentrou em ataques cardíacos provocados por aterosclerose coronariana,
ou seja, o acúmulo de placas de gordura nas artérias, uma das maiores causas
de mortes no mundo.
Os pesquisadores analisaram os dados de 5.677 pessoas (3.283 homens
e 2.394 mulheres) com dor no peito, mas sem história prévia de doença cardíaca,
em 18 hospitais da Europa e dos EUA.
Segundo os autores, a ferramenta é mais precisa que os modelos atuais e,
por meio de uma calculadora online, pode ser facilmente integrada a registros
eletrônicos ou aplicativos móveis.
A dor no peito é normalmente o primeiro sinal de um ataque cardíaco, motivo pelo
qual as diretrizes em vigor recomendam que os pacientes com dor torácica
usem modelos de previsão de risco – como os ingleses Diamond & Forrester e
do Institutode Pesquisa Duke Clinical – para ajudar os médicos a avaliarem
se mais testes são necessários.
Os resultados sugerem ainda que o escore Duke Clinical, indicado pelo Instituto
Nacional de Saúde e Excelência Clínica britânico, superestima a probabilidade
de uma doença arterial coronariana.
O estudo tem levantado dúvidas sobre a precisão das ferramentas existentes,
que preveem a aterosclerose de acordo com idade, sexo e sintomas. O novo
modelo inclui fatores de risco como diabetes, pressão alta, fumo, triglicérides
e colesterol altos. Outro, mais ampliado, acrescenta a presença de cálcio
coronário, que pode indicar problemas. Além disso, não é preciso
fazer um eletrocardiograma em repouso.
Assim, o novo modelo clínico poderia melhorar as estimativas, prevendo riscos
entre 2%, para uma mulher de 50 anos com dor no peito não específica e sem
fatores de risco, e 91%, para um homem de 80 anos com dor torácica típica
e múltiplos fatores de risco.
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